Toda aquela distância tinha razão
de ser: Narval acreditava em Cathéryn,
mas não depositava igual confiança
na tripulação dela, razão pela qual
exigia que o Lei de Elizabeth mantivesse
ao menos meio-milha de distância
de sua embarcação durante a noite.
E um de seus homens de confiança
passaria à noite em atenta vigília
a outra nau. Naquela noite calhou
de ser a vez de Sarresian.
O primeiro a aparecer no convés
foi o próprio capitão que chega
arrumando a camisa para dentro
das calças e já querendo
ciência da situação.
― O que está acontecendo, marujo?
Batemos em alguma coisa?
― Não senhor. Lamento informar
que ALGO bateu em nós!
Foi a perturbadora resposta
do marujo Mèrton.
Nesse momento um gigantesco
tentáculo esverdeado ergue-se
da água e ondula rente ao
costado surgindo majestosamente
acima da amurada de bombordo!
A ele seguiu-se um segundo
e logo um terceiro!
Os marinheiros entram em pânico!
Sarresian arregala os olhos diante
daquela aberração e murmura baixinho
uma prece a Nuestra Señora de los Desesperados!!!
O primeiro tentáculo curva-se
ao longo do tombadilho e arrasta
o que encontra pelo caminho
como se fosse uma monstruosa rafa!
Narval seria colhido em cheio,
mas Sarresian atira-se sobre ele
salvando-lhe a vida.
Como é irônico o Destino dos mortais...
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Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!