Tudo corria a contento
até que o Aranha-Do-Mar
acercando-se de Pierre
indaga-lhe de modo casual:
― Só por curiosidade:
como pretendes que
estas coisas elevem-se
em pleno ar?
― Com fumaça, oras!
― É mesmo? E onde irás arrumar
tanto fumeiro que locuplete
esses sacos de vento?
Irás incendiar o navio inteiro?
É nessa hora que um calafrio
percorre a espinha do francês:
quando percebe que
não dispunha de combustível
para levar seu plano adiante.
E antes de se afastar,
ao ver a lividez
na face do companheiro,
Cervantes ainda faz
uma última e pertinente
observação:
― Fora o tempo que isso levaria...
O primeiro ímpeto de Pierre
foi se lançar ao mar
diretamente na goela
dos tubaronnes!
Mas contém-se e trata
de espremer os miolos
em busca de uma solução.
É quando se lembra que
Salazar mantinha um
compartimento do navio
a portas fechadas o tempo todo
e não admitia que ninguém
além dele entrasse lá.
A chave permanentemente
pendurada por um cordel
em torno do próprio pescoço.
― Quando Olavídez
veio a bordo aquela noite
e arrancou a cabeça do bastardo,
a chave deve ter...
Murmurava o francês
olhando em derredor
quando nota o que o parece ser
um pequeno artefato metálico
próximo a amurada
de bombordo da toldilla,
junto a uma grande
mancha de sangue no convés.
― Ali! Onde o miserável caiu!
Louvado sejas Olavídez!
Tomando o objeto nas mãos,
correu até o deque inferior,
encontrou a porta selada
com pesada tranca de ferro,
ansioso, encaixou a chave,
girou e o estalido do ferrolho
abrindo ecoou.
Forcejando a aldraba,
empurrou a porta
e iluminou o local
com o lampião que
trouxera consigo,
descortinando – perante
seus olhos deslumbrados –
um bem equipado
laboratório alquímico!![]() |
Os piratas se esforçam para seguir as instruções meio loucas do timoneiro... |
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...mas quando ele nota que não conseguirá ar quente suficiente para realizar seu intento... |
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...trata de buscar uma saída e a encontra na chave que o falecido Salazar sempre levava consigo... |
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...e que abria uma porta no deque inferior que sempre permaneceu trancada. |
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Descendo às profundezas do navio ele encontra o tal compartimento... |
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...e a pesada porta que lhe dava acesso... |
Após usar a chave, ele empurra a aldrava... |
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e adentra ao que se revela... |
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...ser nada menos que um laboratório alquímico! |
1 comentários:
Ameiiiiiii, simplesmente amei!!!! Muito difícil eu encontrar algo, nesta nossa vida virtual, que me prenda a atenção e dê tanto gosto em ler, e antes que pense...não!.... nunca joguei RPG, kkkkkkk Adorei sua escrita, a faz muito bem, tem tudo que prenda a atenção do leitor; sem dúvida, um excelente escritor! E....só poderia gostar de gatos!!!! kkkkk Foi um prazer, voltarei pra ler mais!!!!
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Atreva-se, diga-me o que está pensando!
Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!