Google+ janeiro 2009 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

PIRATAS!!! - Cap. 48


O nefando relato de John Crow  ‘’O Corvo‘’

3ª parte



O imediato Galleger, homem 
de confiança do capitão, conduzia 
entusiasmado a embarcação à procura 
do tal galeão sem a menor desconfiança 
dos planos do velho...
Subitamente:

— Senhor!!! - gritou em desespero o 
jovem Galleger, enquanto via surgir no 
horizonte a terrível frota Espanhola a 
toda velocidade impulsionada 
por um generoso vento de popa.

— Juro por todos os demônios dos mares, 
senhor: é uma emboscada!!!!!!!

— Homens preparem os canhões! 
John Crow se dirigia a seus piratas friamente.

— Enquanto todos não tombarem 
ninguém arreda um pé sequer...
Venderemos caro nossas almas condenadas!

O Velho Hildon grita desesperado:

— É suicídio enfrentar tamanha frota, 
renda-se e clame por misericórdia...

John Crow agarra o infeliz pelos gorgomilos 
erguendo-o do chão cospe as palavras 
acidamente em sua face envelhecida:

— Calado, seu filho de um porco. 
Suicídio cometestes tu, nos traindo... 
Galleger, faça este miserável 
andar na prancha. 
Homens preparem-se...

Ao som dos berros do velho devorado vivo 
pelos tubarões, o primeiro tiro de canhão 
foi disparado, passando bem longe 
do Sea Scarab, o que levou a tripulação 
a rir da frota Espanhola.
— Galleger, hasteie a Jolly Roger. 
Homens se morrermos hoje, que nos 
encontremos no inferno junto ao Demônio, 
bebendo um bom rum e contando nossas 
historias rodeados de fogosas prostitutas... 
Morreremos como piratas!!!

Em gritos o Sea Scarab rumou a um 
ataque suicida, sendo destroçado a 
cada segundo. John Crow via seus 
bravos homens lutando incansavelmente 
até o ultimo suspiro do navio que ficou 
conhecido como o Demônio dos Mares: 
Sea Scarab.

Imagens piratas... - 047




PIRATAS!!! - Cap. 47

O nefando relato de John Crow  ‘’O Corvo‘’

2ª parte



Com o decorrer dos anos sua fama percorreu 
todos os cantos da Europa, tanto que granjeou 
o apelido de Johnny, O Corvo, quando um de 
seus piratas relatou a (verdadeira) historia de 
que Johnny perambulava pelo navio à noite 
conversando com um grande corvo de
olhos em chamas que repousava sobre seu 
ombro esquerdo. Alguns mais exagerados 
juravam de pés juntos que Johnny fizera 
um pacto com o próprio demônio! 
Sussurravam nos porões do navio que 
em uma taverna inglesa, invadida 
por homens do Exército de Sua Majestade, 
milhares de tiros foram disparados 
em plena taverna e a John, O Corvo, 
sequer sofreu um arranhão!
Atentem para o fato de que tais histórias 
são extremamente exageradas, 
na mor parte das vezes criada nas 
mentes fantasiosas de piratas bêbados 
com o intuito de aterrorizar os bons cristãos!
Em sua mente distorcida e insana, viera ao 
mundo para destruir e não para construir.  
Disse certa feita: 
— Esses cristãos mentem e se prostituem 
por algumas migalhas e minha função 
é fazê-los verem seu devido lugar: 
embaixo! Sob minha bota e bolas.
Seus homens o matariam por uma 
garrafa de rum, não sentem respeito 
e sim medo!
Qualquer erro cometido por eles é 
invariavelmente punido, decretando a 
pena máxima pela incompetência: 
A MORTE. 
O mundo não tolera os fracos, 
matar o máximo possível e 
se divertir são seu lema!

Meses atrás.

O velho Hildon havia de alguma forma 
descoberto que um grande galeão espanhol 
vindo das colônias rumava ao porto de Cádiz. 
Em poucas horas estaria ao alcance do 
Sea Scarab e certamente trazia em seus 
porões fartos baús lotados de especiarias, 
ouro, prata e gemas preciosas. 

Imagens piratas... - 046






PIRATAS!!! - Cap. 46

O nefando relato de John Crow  ‘’O Corvo‘’

1ª parte






Filho de uma prostituta, Johnny Wisblender 
cresceu sob a fúria de seus pais moldando a 
personalidade de um homem com grande 
potencial para o caos e destruição.

Logo após abandonar seu lar, partiu em busca 
de um rumo, achando seu lugar em um grande 
navio de mercenários, o Sea Scarab.

Assim era chamado o velho galeão por 
seu líder pirata, William Sem-Dedos.

Começando apenas como um faxineiro, 
além de cuidar dos eventuais feridos, 
Johnny foi aprendendo aos poucos a vida 
de saqueador dos mares. William Sem-Dedos 
acabou por adotar Johnny como seu filho, 
pois vira nos olhos do jovem um eventual 
potencial para se tornar um grande pirata, 
além de ter algo em comum com o jovem 
Johnny: William também era o 
hijo de una putana e sabia na própria pele 
a dor e constrangimento que 
isso trazia a sua existência.
Logo Johnny mostrou suas habilidades em 
um ataque a uma embarcação francesa, no 
qual também deu vazão a toda sua fúria 
contida em sua alma negra, assassinando 
e estuprando sem remorso algum!

 Foram milhares de saques e mortes até 
Johnny ganhar grande moral entre  a 
tripulação. Depois da morte de 
William Sem-Dedos, que teve seu final 
trágico quando um dos canhões 
acidentalmente (?) arrancou sua cabeça, 
Johnny foi aclamado o novo Capitão da 
embarcação. Os que se opuseram a Johnny 
foram esquartejados, tiveram seus pedaços 
espalhados pelo Navio e seus ossos 
engrossaram o caldo da sopa naquela noite.
O tempo passou e John foi ficando 
gradativamente pior... 
Sea Scarab percorria os mares a procura 
de embarcações para saquear e satisfazer o 
sadismo de Johnny Wisblender.


Imagens piratas... - 045









PIRATAS!!! - Cap. 45


A história de Sarresian "Reneger" Mèrton

4ª parte (final)


Enquanto a temperatura do diálogo 
entre eles cresce exponencialmente o 
desconhecido levanta-se discretamente e 
caminha rumo à porta sem ser percebido, 
dobra a esquina e entra em um beco escuro. 
Logo um fulgor verde repentino surge tão 
repentinamente como desaparece. 
E o beco sem saída encontra-se 
novamente vazio...

Recrutado, passou a fazer parte de um 
seleto grupo, liderado pelo capitão 
Narval que tinha como objetivo, 
destruir a nau capitânia do 
comandante Sangre: 
o Demônio Maia.

Entretanto se tal missão se desenrolará 
conforme o planejado é algo que 
só o futuro dirá.

Suspense, mistério e amor sempre andam 
lado a lado, inclusive em alto mar, 
e com Sarresian não seria diferente, 
tendo em vista seu coração 
a muito não tinha dona...
E ninguém é de ferro, muito menos quando 
se conhece uma espetacular mulher, 
que além de bela, é uma grande pirata: 
Morgan, que todos pensavam 
ser um homem, Sarresian descobre 
ser uma impressionante mulher!
Tal revelação atinge sua alma, espírito 
e mente em cheio como um 
tiro de canhão à queima-roupa!
O ex-nobre encontra-se irremediavelmente apaixonado e as consequências disso irão 
repercutir muito mais do que qualquer 
um dos envolvidos possa imaginar...

Imagens piratas... - 044





PIRATAS!!! - Cap. 44


A história de Sarresian "Reneger" Mèrton

3ª parte


Decidido a assumir uma nova vida 
no submundo, de modo que caso seu 
pai tivesse algum tipo de arrependimento, 
não o encontrasse de forma alguma; 
leva uma vida de devassidão: 
bebidas, mulheres e jogos de azar, 
faziam parte de seu cotidiano sem 
importar-se com nada nem com ninguém. 
Muito menos com o dia de amanhã.
Assim teve como destino a 
criminalidade o antigo filho da nobreza.
Uma situação que perdurou por anos.
Devido ao seu porte avantajado, pois 
mesmo quando ainda frequentava os 
salões da realeza, não dispensava 
uma vida de atividades esportivas 
(tais como equitação, esgrima, luta 
greco-romana, tabernas...), chegando 
aos 2,02 m e 100 kg, foi aconselhado 
embarcar naquela que viria 
a ser a maior experiência da sua vida: 
a pirataria!
—  Há um magnífico navio inglês 
atracado no porto e ouvi dizer que 
necessitam de homens fortes, valentes 
e dispostos a bordo!
—  E quem seria o capitão de desta 
nau de que me falas, ó desconhecido?
—  Narval. Seu nome é Narval. 
Ele comanda o navio Lei de Elizabeth.
—  Interessante, já ouvi falar nele...
Nesse ponto a conversa é interrompida 
pelo estalajadeiro que chega 
com cara de poucos amigos.

Imagens piratas... - 043















PIRATAS!!! - Cap. 43

A história de Sarresian "Reneger" Mèrton

2ª parte



O velho Duque sentiu naquele momento 
todo o poder da maldição de uma bruxa 
que ele – em nome de Nosso Senhor Jesus 
Cristo – exterminou, em uma caverna a 
muito esquecida. A lembrança emergiu 
do passado distante, quando combatia 
os pagãos na longínqua Turquia. 
Acreditando que a praga de fato começara 
a surtir efeito, sua mente estilhaçou-se: 
devaneios, loucura, melancolia, pesadelos, 
visões aterradoras, vozes que só ele 
podia ouvir...  
Todos os seus sentimentos se misturavam 
ponto de duvidar do amor do próprio filho! 
Algo que mesmo em meio às inúmeras 
diferenças entre eles, jamais ocorrera antes.
Imerso em distúrbios interiores conjecturava 
insano:
— Estará este bastardo tramando algo 
contra mim? Terão aqueles malditos 
cruzados plantado no seio de minha 
família a semente da ruína? 
Estaria minha mulher também 
mancomunada com eles? 
Ou pior, com a bruxa?

Realmente isso tudo era demais para o 
velho Duque, um golpe dificílimo de 
assimilar!O jovem Sarresian, percebendo 
que o seu castelo de cartas desmoronara 
e não vendo outro caminho, abandona 
o nome Mèrton que para ele sempre 
fora amaldiçoado.
Seguiu, então, seu destino deixando 
para trás o amor que sentira por sua 
finada genitora e o desprezo de seu 
pai, sentimento este gerado por anos 
de divergências e ressentimentos 
que culminados com tal atitude 
tornou a convivência de ambos, 
inviável. 
E o sentimento recíproco.

O ex-barão cai na vida e conhece 
o mundo: sua querida França, 
os Países Baixos, Germânia, 
Helvécia, Bélgica, Itália, 
Espanha e finalmente a Bretanha. 

Imagens piratas... - 042








PIRATAS!!! - Cap. 42

A história de Sarresian "Reneger" Mèrton

1ª parte

Nascido em 1534, Sarresian teve uma infância que 
poderia ser de sonhos para muitos em sua época, 
porém para ele sempre fora um pesadelo.
Acreditando que não pertencia a aquilo ali, 
cria que aquele mundo não era o seu, 
que vivia ali por mero acaso do destino.
E ele esteva certo.
Sempre...

Paris, 1550

Aos 16 anos de idade, Sarresian, já tinha experiência 
de sobra para saber que sua vida de facilidades era 
tão somente obra do destino. Nesta época encontrara 
o diário de sua saudosa mãe e nele descobrira que não 
era filho legitimo de seu pai, o Duque de Mèrton, e sim 
de algum cavaleiro que invadiu o castelo da família 
na época das cruzadas, tomando sua indefesa mãe e 
gerando nela um filho bastardo que jamais veio a 
conhecer, que dirá assumir.

Dizia o diário:
“Tal ocorrência jamais poderá vir a ser do conhecimento 
de meu amado esposo, sob a pena de caírem sobre 
mim e meu inocente infante todo o peso do 
preconceito da sociedade, a ira de meu marido 
e talvez até mesmo a severidade da 
Lei dos homens e da Santa Madre Igreja.”
Ela nunca esteve longe da verdade em suas reflexões: 
aquele fato daria inicio a destruição dos Mèrton.

Sarresian muito refletiu acerca do assunto e decidiu 
partilhar aquela dor com seu pai, na esperança 
de que isso os reaproximasse e fazendo velhas 
desavenças serem esquecidas como 
uma tempestade que vem e passa com o tempo. 
Todavia, nada disso foi o que aconteceu. 
O Duque ao saber ficou extremamente desolado, 
sequer tinha voz para exclamar o sentimento de 
traição que o tomara! O fato em si não era o 
problema, mas sua mulher haver ocultado tal 
durante dezesseis longos anos nublaram a razão 
do Duque levando até mesmo a duvidar de 
todas as juras, palavras, sentimentos e 
até mesmo do filho, a quem dirigiu uma 
única palavra, que o marcaria para sempre:
—  Bastardo!  
- foi o que bastou.

Imagens piratas... - 041






PIRATAS!!! - Cap. 41

— E os demais capitães dos outros 
navios que o acompanham?

— Vigiam, seria uma palavra melhor. 
O rei da Espanha sabe que a carga 
em si representa uma grande tentação, 
ainda mais para um pirata como Sangre. 
Pode ter certeza que os cinco galeões 
escoltam o Demônio Maia com seus 
canhões voltados para ele...

— Uma situação deveras desconfortável 
a Sangre, por certo... – completa Narval. – 
Mas como ele espera mudar a rota sem 
que os demais capitães se voltem contra ele?
— Para um capitão pirata, tu és um tanto 
ingênuo, querido. Suborno; é claro. Irá 
propor uma parte do saque a eles, mas 
deixando claro que só ele irá se “arriscar”. 
Vai embolsar tudo o que quiser e deixará 
os demais “a ver navios”.

Narval reflete alguns instantes e concorda.

— Tens toda a razão, Mor..., digo Cathe. 
Esse é exatamente o tipo de coisa que 
aquele tubarão faria! Qual a sua ideia?

Morgan respira aliviada e mostra-lhe 
no mapa a melhor rota a seguir. 
Aproveitando as correntes marinhas 
e os ventos poderiam chegar à ilha 
antes de Sangre e preparar-lhe 
uma calorosa recepção!


Entretanto, fatos desconhecidos a ambos 
desenrolam-se muito longe dali. 
Fatos estes que irão mudar totalmente 
o resultado das maquinações de ambos, 
pois, diferentemente do pensa 
a bela Morgan; Sangre é como a vida: 
totalmente imprevisível!
À milhares de milhas náuticas, separados 
por um largo lapso de tempo 
navios espanhóis e ingleses rumam 
em inevitável rota de colisão...

E por trás de tudo, nas sombras, 
algo ou alguém a todos manipula...

Imagens piratas... - 040



PIRATAS!!! - Cap. 40

Cathéryn termina de colocar sua bota (dispensara 
os vestidos e voltara a sua velha indumentária), 
caminha até a mesa dos mapas, afasta alguns, 
apanha um deles e o mostra a Narval.

— Estávamos nesta região, quando atacamos 
um navio inglês e o pusemos a pique.

Tais palavras calam fundo na alma de Narval, 
ele sabe bem a quem ela se refere, 
sem que ela mesma saiba...

— No dia seguinte o mapa com a localização 
de minha ilha sumira. De alguma forma, 
Sangre conseguiu infiltrar um espião em 
nosso navio, provavelmente um traidor 
a bordo da nau britânica e que viu 
a oportunidade, talvez durante a 
abordagem mesmo.

— Descobriu quem foi?

— Não! Açoitei pessoalmente cada um dos 
sobreviventes que recolhemos a bordo e 
nenhum deles falou. Acredito que o 
miserável deva ter se escondido como 
um rato e abandonado o navio durante 
a noite, pois mais tarde descobrimos 
que um dos escaleres desaparecera.

Narval acha melhor não revelar quem 
era o “miserável”, pois o mesmo não o 
fizera propositadamente e de qualquer 
forma já pagara caro por seu erro.

— Estávamos justamente voltando a 
nossa ilha quando, bom o resto você sabe... 
– a voz dela trai algum arrependimento.

— Entendo. Então acredita que ele, 
escoltado por cinco galeões, carregado 
com toneladas de metais preciosos, 
joias e especiarias vai desviar de 
sua rota por alguns trocados?

Morgan fica fula com o comentário, 
morde o lábio inferior de raiva, mas 
contém-se: é o momento de ser 
diplomática e não emocional. 
Fazendo um enorme esforço 
ela contra-argumenta:

— Não importa o tamanho do carregamento, 
Narval. Essa carga não pertence a ele. 
Sangre apenas a está transportando e 
com um pequeno desvio de rota poderá 
embolsar meus “trocados” como você diz.

— E os demais capitães dos outros navios 
que o acompanham?